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#01 Campanhas Históricas: A Queda do Botafogo no Brasileirão de 2023

A Queda do Botafogo na reta final do Brasileirão é o primeiro artigo da Campanhas Históricas! Saiba mais!

#01 Campanhas Históricas: A Queda do Botafogo no Brasileirão de 2023

O principal campeonato do futebol brasileiro está prestes a começar e os torcedores já avaliam se tem chances de vencer este ano, se o Palmeiras sob comando de Abel Ferreira irá triunfar novamente e, com certeza, se este Brasileirão será tão disputado quanto a fase final do Brasileirão passado.

Duvido que alguém não se lembre da ascensão meteórica da Estrela Solitária e de sua derrocada na reta final. Uma campanha onde recordes foram quebrados e fez “ressurgir” a camisa do Botafogo é certamente digna de ser histórica – apesar do resultado.

Por isso, no primeiro artigo da série Campanhas Históricas nós vamos falar sobre como foi a Queda do Botafogo no Brasileirão de 2023. Confira:

Por que “Queda do Botafogo?”

Antes de entrarmos nos detalhes da campanha do Botafogo é preciso juntar algumas pontas e fazer um resumo para explicar por que a palavra “Queda” foi escolhida. Bom, o termo Queda não foi escolhido apenas pela forma como o Botafogo chegou ao topo da tabela e como caiu para a sexta posição no final do campeonato, mas também pela forma como a campanha do Fogão se assemelha ao Mito de Icaro.

Para quem não conhece, Icaro estava prestes a fugir do Labirinto do Minotauro usando um par de asas feitas por seu pai, Dédalo. O pai, mais velho e experiente, o aconselhou a “não voar baixo demais, nem alto demais” pois a cera usada para construir as asas poderiam derreter. Ao levantar voo e sentir aproximar-se do Sol, Icaro ignorou o conselho do pai e continuou voando alto.

Subiu o mais alto que pôde, até que, conforme já havia sido advertido, a cera em suas asas derreteu. Icaro que se sentiu bem próximo ao Sol entrou em queda livre e só parou no mar. Diferente de Icaro, o Botafogo conseguiu evitar a “colisão” com o mar, porém, perdeu o título do campeonato e uma vaga na fase de grupos da Libertadores.

Os torcedores mais antigos do clube sempre que podiam aconselhavam os mais novos. A preocupação não era com uma cera que poderia derreter se o time subisse demais, mas sim com uma certa frase: “Há coisas que só acontecem ao Botafogo…”

A frase é do escritor, jornalista e cronista Paulo Mendes Campos, na crônica “O Botafogo e Eu” de 1962. A frase, que hoje tem uma conotação mais negativa do que positiva, serviu como um aviso – devidamente ignorado por torcedores mais jovens e empolgados.

Ascensão Meteórica da Estrela Solitária

Bom, para falar sobre a ascensão é preciso voltar a 2021, ano em que o Botafogo conseguiu sair da Série B. Depois do rebaixamento com quatro rodadas de antecedência em 2020, o Botafogo venceu a Série B em 2021, mesmo ano que o clube se tornou Sociedade Anonima do Futebol (SAF) ao ser comprado por John Textor, empresário norte-americano.

Em 2022, o Botafogo terminou o ano no meio da tabela e até esse momento, isso era normal. O que não foi normal, e acredito ter pegado até mesmo o Botafoguense mais “iludido” de surpresa, foi o começo pavoroso do Fogão em 2023. Em apenas três rodadas, o Botafogo assumiu a liderança do campeonato – a primeira posição foi conquistada logo após vencer o Flamengo dentro do Maracanã por 3 a 2 – liderança que durou até a 34ª rodada.

As Trocas de Técnicos e a Manutenção da Liderança

O Glorioso era comandado pelo português Luís Castro e neste começo de Brasileirão mostrou que o Botafogo poderia sim brigar pelo título. Até que, ainda na 12ª rodada do Brasileirão, Luís Castro deixa o Botafogo para ir ao Al-Nassr.

O técnico recebeu uma proposta da Arábia Saudita com direito a ligação do astro Cristiano Ronaldo e tudo. Antes de seu substituo chegar, a equipe ficou sob comando do técnico interino Cláudio Caçapa em três partidas – três vitórias.

Luís Castro | Fonte: Shutterstock

Manutenção de Liderança

O substituo foi Bruno Lage, outro português, que conseguiu empolgar, mas apenas no começo de seu trabalho. O Botafogo terminou o primeiro turno do Brasileirão com 13 pontos de vantagem do segundo colocado.

O trabalho de Bruno Lage começou a “desandar” e a vantagem do Botafogo começou a diminuir. Após a eliminação do Botafogo nas quartas de final da Sul-americana para o Defensa y Justicia-ARG, o Fogão ainda perdeu a invencibilidade no Nilton Santos para o Flamengo. Se não bastasse a derrota para o rival carioca, o Botafogo ainda perdeu para o Atlético-MG e para o Corinthians.

Até que, o Botafogo buscou um empate com o Goiás em 1 a 1 dentro do Nilton Santos, e o trabalho de Bruno Lage a frente do Botafogo chegou ao fim. O técnico insistiu em escalar Diego Costa e bancar Tiquinho Soares – que foi artilheiro do Fogão no Brasileirão com 17 gols – o que trouxe a irá do torcedor. “Burro; Burro; Burro!” gritavam da arquibancada após a partida que seria a última do treinador a frente da equipe.

Bruno Lage | Fonte: Yandex

A Descida Começa

Após apenas 10 rodadas da chegada de Bruno Lage, o Botafogo conheceria um novo treinador. O auxiliar técnico Lúcio Flávio assumiu a equipe a partir da 26ª rodada do campeonato e ficou apenas até a 34ª rodada, com oito rodadas de trabalho.

Afinal, apenas oito rodadas foram suficientes para que o Botafogo perdesse a liderança do campeonato. O Botafogo foi líder da 3ª rodada até a 34ª rodada do campeonato brasileiro, e bastou uma fase ruim de oito rodadas para tudo desandar. Sob comando de Lucio Flávio, o Botafogo somou apenas duas vitórias e dois empates, o equivalente a oito pontos.

Lúcio Flávio | Fonte: Yandex

Após a sequência de tropeços de Lucio Flavio, o Botafogo anunciou a chegada de Tiago Nunes para tentar ajeitar as coisas na reta final do campeonato. Com apenas quatro rodadas para trabalhar, Tiago Nunes fez o que pôde, mas não conseguiu evitar a queda, que já estava em curso.

Sob o comando de Tiago Nunes, o Botafogo acordou do Brasileirão 2023 que começou como um sonho e terminou como um suado pesadelo. Após passar 30 rodadas seguidas na liderança, o Botafogo terminou o Brasileirão na 6ª posição, classificado para a Fase Preliminar da Libertadores.

O Botafogo em 2024

No entanto, diferente de Icaro, o Botafogo ainda pode voar e subir até onde ninguém foi. E é isso que a torcida espera para 2024. Depois de provar em 2023 ser uma equipe capaz de competir, agora, o Botafogo precisa provar que é capaz de ganhar títulos de expressão. O Glorioso disputa a Libertadores, Copa do Brasil e o Brasileirão nesta temporada então não faltam possibilidades de voo.

Por fim, este foi o primeiro artigo da série Campanhas Históricas, onde nós vamos trazer mensalmente uma campanha de uma equipe ou atleta que entrou para história. Confira os nossos artigos em #ApostaReal Explica e fique por dentro dos melhores palpites para o Brasileirão!

Jorghensen Carmo
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