Como joga o novo Real Madrid?

O torcedor do Real Madrid está se acostumando com um novo estilo: moderno, técnico e dominador. Com a saída de Carlo Ancelotti para a Seleção Brasileira, o clube merengue deu um passo ousado — entregou o comando técnico a Xabi Alonso, símbolo da nova geração de treinadores que unem intensidade, método e inteligência tática.

E logo de cara, Alonso mostrou a que veio, mesmo com pouca amostragem até aqui. Seu Real Madrid joga um futebol bonito e objetivo, de alta rotação e com clara identidade. Confira nossa análise!

Um 3-5-2 ofensivo, moderno e dominante

Muitos podem olhar a formação base, o 3-5-2, e imaginar uma equipe recuada. Nada disso. O que se vê em campo é o oposto: o Real Madrid é propositivo, intenso e dominante, sustentado por um elenco recheado de qualidade.

Na defesa, Alonso montou uma linha de três extremamente técnica e física. Huijsen na esquerda e Rüdiger na direita oferecem estatura e leitura defensiva, enquanto Tchouaméni vem atuando como zagueiro central. O volante francês virou peça-chave nessa função, pois alia força, leitura de jogo e ótima saída de bola. Sua adaptação reforça a capacidade de Alonso em extrair o máximo de seus atletas — e de reinventar papéis clássicos do futebol.

Além disso, As alas são fundamentais nesse esquema. O grande destaque fica com Alexander-Arnold, que atua com liberdade total pela direita. Com menos responsabilidades defensivas e muito espaço para criar, o inglês deu match com sua função. Pela esquerda, há variações com Fran García, mas a lógica é a mesma: jogadores velozes, ofensivos e com alta capacidade de recomposição.

No meio, o trio Bellingham, Valverde e Arda Güler dita o ritmo. Todos sabem finalizar de fora da área e têm leitura para encontrar espaços entre linhas. Valverde, em especial, é quem mais arrisca os chutes longos, e muitas vezes muda o rumo do jogo com um único disparo. Além disso, os 3 podem pisar na entrada da área ou mesmo dentro da área de surpresa, o que se torna uma arma poderosa.

No ataque, a dupla Vini Jr. e Mbappé transforma o esquema em um pesadelo para os adversários. Ambos têm liberdade para flutuar pelas pontas ou infiltrar pelo centro. O resultado é um ataque móvel, veloz e imprevisível. Ao invés de um centroavante fixo, Alonso aposta em dinâmica constante e movimentação inteligente, apesar de também poder utilizar o jovem Gonzalo García, mais pivô.

Troca de passes, posse e finalizações por todos os lados

A principal característica do Real Madrid de Xabi Alonso é o controle. O time gosta de ter a bola, troca muitos passes e busca espaços com paciência, mas sempre com objetivo: finalizar. As jogadas podem vir de fora da área, em cruzamentos dos alas ou chutes de média distância dos meio-campistas — ou ainda em arrancadas letais de Vini e Mbappé.

Além disso, a equipe é segura defensivamente. A linha de três zagueiros, somada a Courtois, garante solidez mesmo contra ataques rápidos. E a pressão pós-perda é intensa, uma marca registrada dos times de Alonso desde o Bayer Leverkusen. Sendo assim, o que se vê em campo é um time completo: domina, cria e finaliza. Um Real Madrid que une talento individual com disciplina tática — fórmula de sucesso no futebol moderno.

O DNA de Xabi Alonso no Real Madrid

Em resumo, o Real Madrid atual é uma evolução direta do que Alonso construiu no Bayer Leverkusen. A base conceitual é a mesma: posse inteligente, amplitude, triangulações e intensidade. A diferença está na qualidade absurda do elenco, que permite ir ainda além.

Por fim, os primeiros jogos já mostram que o casamento entre Alonso e Madrid tem tudo para dar certo. O treinador encontrou um elenco que casa com suas ideias e adaptou o necessário, além de um elenco de elite com grande ambição. A Era Xabi Alonso começou.

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